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quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Comércio se prepara para fim de ano
A Folha percorreu algumas lojas do Centro para saber como andam as vendas neste período do ano e verificar a expectativa dos lojistas para o aquecimento do comércio com a chegada das festas de fim de ano. A maioria dos entrevistados reclama da falta de dinheiro no comércio local, que faz com que o consumidor passe longe dos caixas.
Leonardo Rodrigues, gerente de uma loja de roupas, disse que considera o movimento bom e que antes das festas de final de ano estava aguardando mais estoque para atender a demanda. A partir de outubro, a loja já começa a receber currículos para contratar vendedores temporários. “Nós já vamos começar a receber para fazer o treinamento e o teste prático de atendimento ao cliente”, disse.
Ele acredita que a proximidade das fronteiras e de uma Zona Franca, em Manaus (AM), não prejudica as vendas. “Acho que não afeta porque a pessoa tem todo o trabalho de trazer para cá, tem o frete ou então tem a questão da fronteira. Para muitos não compensa e as pessoas preferem comprar aqui mesmo”, disse.
Em uma loja de variedades, o gerente Williams Vieira Souza reclama do movimento fraco. Ele acha que está faltando dinheiro na praça porque as pessoas estão fazendo muitas dívidas no cartão de crédito e também com os empréstimos consignados. “Nós fazemos diversas promoções para chamar o consumidor, muitos chegam aqui e dizem: ‘ah se eu tivesse com dinheiro’”, disse.
Ele acha que o comércio da Guiana e da Venezuela já não prejudica tanto o mercado local. “O preço está quase o mesmo, antigamente valia a pena, mas hoje não vale mais”, teorizou. A contratação de vendedores temporários só está prevista para os meses de novembro e dezembro, quando ele acredita que vai haver um aquecimento nas vendas.
Em uma loja especializada em vender bolsas, o gerente José Dinelli relatou que as vendas estão fracas desde o início do mês de agosto e que nem no período de pagamento houve crescimento significativo. “Achei que com o Liquida Roraima as coisas iam melhorar, mas até agora nada”, disse.
Ele alega que falta dinheiro na praça e acredita que os empréstimos com pagamentos em muitos meses prejudicam o comércio local. Mesmo assim, Dinelli já contratou três pessoas recentemente, já com expectativa positiva para as festas de final de ano. No que se refere a concorrer com os centros comerciais da Guiana, Venezuela e Manaus, ele garante que pelo menos no ramo em que atua é difícil. “Muita gente vai comprar lá, infelizmente”, disse.
Já em uma loja de eletrodomésticos e eletrônicos, o gerente Jonilson Falcão comemora as vendas, principalmente dos aparelhos de ar-condicionado e produtos de informática. “Nós chegamos a vender de oito a nove peças de ar por dia, muitas vezes falta no nosso estoque. Acredito que nesses três próximos meses só vai melhorar”, disse Jonilson.
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